terça-feira, 14 de junho de 2016

Poemas sobre a classe operária: Paraquedas III

Paraquedas III
Paulo Ayres

A queda livre é só uma ilusão
Derrelição como destino decadente
É o lado mais aparente para o teu pessimismo blasé
Aquilo que te hospeda no grande hotel do abismo
Com tua mania de nos definir indefiníveis
Inflado ou aburrido, o ego está imenso
Passa dessa fase, vou te dar um bom motivo
Essa é uma história, então

Quando o novo mundo pela besta fascista foi invadido
Produzido por operárias soviéticas, os paraquedas
Se os soldados fossem niilistas não abririam
Espatifados pela sensação de nascer e morrer sozinho
Para sorte da humanidade, não eram
Descendo lentamente, a sociabilidade era sentida
Enchendo de ar dentro da lona
A mesma produzida pelas mãos teleológicas

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[0] "Paraquedas I" é uma canção de Russo Passapusso."Paraquedas II" é uma canção do Apanhador Só.
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