segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Poemas sobre a classe operária: Quatro e Quinze


Quatro e quinze
Paulo Ayres

Quatro e quinze
Quarenta e cinco minutos para o fim da partida
Quase estou com a minha liberdade consentida

Quando é sexta-feira
Qualquer força empurra bêbado na descida
Quão contente fico, isso colore minha vida

Quadro de medalhas
Quanto ouro, prata e bronze vou deixar na saída
Quantia irrisória no bolso, mas dois dias sem lida

Quarentena laboral
Qualidade do ar aumentando e fico na torcida
Quarteirão do maquinário fica, subirei a avenida
= = =

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