O trabalho que não é trabalho
Paulo Ayres
Generais, repórteres e juízes
Atrizes, sacerdotes e empresários
Alfandegários e engenheiros
Um cheiro de suor do Boticário
Se tudo é trabalho,
Nada é trabalho
É fácil pegar um atalho
Quando há gente construindo estradas
É fácil pegar
Quando alguém faz algo tangível
Não é muito intelectual
O trabalho intelectual
E quando é bem intelectual,
Aí se percebe que nunca é trabalho
Aí há o silêncio dos intelectuais
Mas nunca há silêncio dos operários
Ou dos camponeses, artesãos e extrativistas
Umas pistas sempre deixam na rodovia
Trabalho é uma sinfonia com a natureza
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