Poema de finados II
Paulo Ayres
O gênero humano não é só presente
Ele se estende entre o futuro e o passado
Tijolos imprescindíveis estão ausentes
Há muita vitalidade no dia de finados
Acenda uma vela para a gente falecida
Não apenas para o núcleo minúsculo
Leve flores, embelezam a morte em vida
Não murcham do alvorecer ao crepúsculo
Guarde uma vela para o nosso calvário
Em especial, para a classe produtora
Modernidade, teu alicerce é o operário
Fósforos, melancias, mármores, vassouras
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[0] "Poema de Finados I" (1930) é um poema de Manuel Bandeira.
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