quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Poemas sobre a classe operária: O Sol Vê Tudo


O sol vê tudo
Paulo Ayres

Grande observador
Em doze horas por dia
Tudo vê
Tudo clareia
Mas para ele nada fica claro

Não sabe
onde começa Maringá
e termina Sarandi
Não faz ideia
por que tantos humanos
se matam por papel
Não diferencia
a atividade fundante
e a atividade ideológica
Apena olha
a sua fazenda de formigas

Sete dias da semana
Oito minutos de atraso
Agora, noves fora

Quer entender
Neste solstício de verão
Quais são as formigas-operárias
= = =

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