quarta-feira, 16 de junho de 2021

Memorial a quatro operários assassinados pela autocracia capitalista


Em 2010, foi inaugurado em Diadema o memorial Pessoas Imprescindíveis, em homenagem a quatro operários mortos durante a ditadura empresarial-militar: os irmãos Devanir José de Carvalho, Joel José de Carvalho e Daniel José de Carvalho, além de Aderval Alves Coqueiro. O memorial fica localizado na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em Diadema, Rua Encarnação, 290, Piraporinha.

A construção do memorial foi uma iniciativa conjunta da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Fundação Luterana de Diaconia e a Agência Livre para Informação.

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Os homenageados:

Devanir José de Carvalho (1943-1971)

Operário metalúrgico no ABC paulista, Devanir José de Carvalho, conhecido pelo codinome Henrique. Militou em diversas organizações e, em 69, vai para o Movimento Revolucionário Tiradentes. Foi preso em abril de 71, em São Paulo, e vai para o Deops. Morre depois de dois dias de tortura.

Joel José de Carvalho (1948-1971)

Gráfico em SP, Joel José de Carvalho seguiu os passos do irmão Devanir na luta contra a ditadura. Preso, torturado e exilado, desapareceu em 1974, quando vivia clandestino no Brasil. A única informação oficial sobre Joel aparece em um relatório do Ministério do Exército, em 1993, afirma que “em 1974, fez parte de um grupo de refugiados brasileiros que entraram clandestinamente no país. Depois disso, seu rastro e seu corpo desapareceram.

Daniel José de Carvalho (1945-1974)

Motorista e torneiro mecânico das indústrias de São Bernardo e Diadema, Daniel José de Carvalho era membro de uma família de operários de esquerda. Assim como Joel, foi do PCB, PCdoB, Ala Vermelha e MRT. Exilado no Chile e na Argentina, aderiu à VPR. Ao voltar clandestinamente para o Brasil, foi preso na fronteira e é um dos 356 desaparecidos políticos do País.

Aderval Alves Coqueiro (1963-1971)

Metalúrgico, foi preso em maio de 69. Fez parte dos presos políticos trocados pelo embaixador alemão Von Holleben. Foi para a Argélia e Cuba e regressou ao Brasil já integrado ao MRT. Preso em São Paulo em 1969, passou pela 2° Cia de Polícia do Exército, o DOPs paulista e o presídio Tiradentes. Morreu no Rio de Janeiro, em 1971.

Fonte: SMABC, CNM-CUT, 06/04/2010.
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