Pobre paulista II
Paulo Ayres
São Paulo é a locomotiva do Brasil
Os nordestinos são a locomotiva de São Paulo
Território acolhedor e hostil
O estado belo e potente é tão ambivalente
Pedreiros pedestais, metalúrgicos do ABC
Cafuzos nos cafezais, estivadores santificados
Estes são os pobres de mãos ricas,
Trabalham para os pobres parasitas
Pobre paulista
Desde 32, o espírito golpista
O aristocrata caipira se envaidece
Bate continência para o prédio da Fiesp
Nos condomínios do tucanato,
Borba Gato e Senna são heróis
Pobre paulista
Desde 32, o espírito golpista
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[0] Este poema é uma sequência da canção "Pobre Paulista" do Ira!.
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