domingo, 2 de março de 2025

Poemas sobre a classe operária: Blocos Concretos e Festivos


 
Blocos Concretos e Festivos
Paulo Ayres

Por trás de cada fantasia
Preenchendo cada fotografia
Vestuário do trabalho primário

Cada estatueta foi moldada
Adereço festivo não vem do nada
Paisagens da geografia humana

Entre vestidos de gala
E entre salas secretas
Entretenimento feito pela mão,
Entretanto, mãos operárias
Entrelaçadas com a beleza
evitam o entristecimento

Ainda estou aqui
Vendo o palco da Sapucaí
E pinguins em Los Angeles

Ainda espero a subida
E se a arte imita a vida
Nesse calor do cão,
a premiação é uma incógnita

Em cada bloco há beleza
Mas a estrela acesa está no bastidor
Mesmo com o ultraje a rigor,
Pacola escreve história
= = =

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