Concreto real
Paulo Ayres
A decadente poesia concreta
Fez das letras lajotas duras
Sua arquitetura formalista,
Por mais lotada de adornos,
retira do forno pratos frios
Tudo pronto e mastigado
Cheia de palavras vazias
Forma é conteúdo, berrou os irmãos Campos
Não, não é, disse o eco da caverna lírica
Não há vanguarda concretista
Que capte o concreto real
Síntese de múltiplas determinações
Síntese da labuta dos pedreiros
= = =
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Poemas sobre a classe operária: Concreto Real
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