Fetichismo da técnica
Paulo Ayres
Era uma vez um cientificista
Navegando pelas ondas da internet
Discursando pelos grupos de Whats Up
Atravessando os céus com um Boeing
A tecnologia está libertando a humanidade,
Este era seu credo
A tecnologia nos levou a lua e nos levará ao paraíso
Esta era sua aposta
Escapava-lhe os detalhes
A tecnologia, por si só, não emancipa nada
A tecnologia, por si só, não produz valor
A tecnologia, por si só, não cria valores de uso
Enquanto ciência e a tecnologia estiverem do lado do capital,
Ela transformará mãos de carne em engrenagens
As forças produtivas do nosso mundo,
Tem no operariado o seu núcleo duro
É pelas mãos deles que passa o destino da tecnologia
O maquinário da fábrica não funciona sem comando
A linha de montagem produz dois modelos
Lucro e emancipação
Por enquanto, o primeiro tipo está ativado
= = =
domingo, 6 de março de 2016
Poemas sobre a classe operária: Fetichismo da Técnica
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