domingo, 20 de março de 2016

Poemas sobre a classe operária: Os Engravatados e os Colarinhos Azuis


Os engravatados e os colarinhos azuis
Paulo Ayres

Mercenários engravatados abraçam
Cravando as presas em muitos pescoços
Dá um tapinha nas costas, sorrindo
Deixando proletários só os ossos

Mercenários engravatados negociam
Matéria-prima, instrumentos e mão de obra
Compram e vendem de tudo um pouco
Para os operários as migalhas, as sobras

Mercenários engravatados lucram
Injetando força na máquina de exploração
Examinam os livros contábeis da empresa
O pequenino capital variável vai para o peão

Mercenários engravatados suam frio
Quando são tratados como se deve
É tanto medo das máquinas pararem
E a classe operária organizar a greve
= = =

Nenhum comentário:

Postar um comentário