domingo, 5 de março de 2017
Poemas sobre a classe operária: Empresa de Quinta
Empresa de quinta
Paulo Ayres
Empresa de segunda, de terça, de quarta
Empresa de quinta categoria
Todo dia me mata
Me mata todo dia.
Trabalho abstrato, em contrato e chato
Um assassinato e uma sangria
Todo dia me explora
Me explora todo dia.
E eu que esperava tanto a sexta-feira
chega de açoiteira, não sou de aço
eu fabrico mercadoria
e renasço todo dia
para morrer diariamente
nessa empresa de quinta.
= = =
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