A gravura da greve
Paulo Ayres
Tecelãs em preto e branco nos livros de história
Metalúrgicos combativos, borrões na memória
No museu da peleguice
Tudo é estático
É metafísico
Nada flui
A figura é um fato consumado
A linha-dura é um feto abortado
Dormimos sem consciência e com conciliação
A gravura de uma greve passada
A manufatura de fotos arquivadas
Perdemos o jeito de gravar com a câmera na mão
Colorir digitalmente
Remasterizar os discursos
Animar os quadrinhos
Parar as máquinas
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