sexta-feira, 31 de março de 2017
Poemas sobre a classe operária: Sem Operário, Sem Salário
Sem operário, sem salário
Paulo Ayres
Sem operário, sem salário
Centralidade que atravessa cada fuso horário.
Aumenta, aumenta o nosso honorário
Mas isso não tem nada de honrado
A nossa meta não está no calendário.
Salário, companheiro, é exploração
Apenas quando ele deixar de existir
Haverá a completa emancipação.
Sem operário, sem salário
Sentimento que atrai o revolucionário.
Lamenta, lamenta, caro bancário
Seu serviço é contar cada nota
Mas quem a faz é o amigo proletário.
É um troca justa e voluntária,
nisso muita gente vai insistir.
Mas para a causa proletária
é conversa para boi dormir.
A riqueza e sua fonte objetiva
Jorrando capital lá na produção
É uma força de trabalho viva
Fábrica, extrativismo e construção
Sem operário, sem salário
Sem dinheiro todos seriam milionários.
Por isso,
o nosso maior pagamento
será o fechamento
dos bancos
e o esquecimento
do dinheiro.
= = =
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