quarta-feira, 26 de abril de 2017

Poemas sobre a classe operária: Vende-se Vendettas


Vende-se Vendettas
Paulo Ayres

Quem só critica o estado,
esquecendo o mercado,
é cabra marcado para concorrer.

Jogo cotidiano de egoísmos
confraria nérdica vermelha
e o Porchat entre abelhas
esqueceu o próprio rosto.

Projeto de protesto performático
um ativista virtual estabanado
confunde povo e proletariado
comprou o próprio rosto.

Foge das perguntas difíceis
fode com as respostas curtas.

Quem pinta o cavanhaque
e aquele bigode de araque
é cabra marcado para escorrer.

Escorrendo junto com a tinta
que pinta cada máscara
e mascara cada exploração
na produção de operários.

V for Vendetta
P for Proletariat.
= = =

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