terça-feira, 20 de junho de 2017
Poemas sobre a classe operária: Olhos de Ler Código de Barras
Olhos de ler código de barra
Paulo Ayres
Fachadas do meu melhor
Flechadas do seu olhar
Não enxergamos um palmo diante do celular
E nem uma jarda diante do monitor
Cadeirante invisível vende pano de prato vazio
Ninguém lhe viu essa tarde
Operária desaparece na selva de pedra e mais-valia
Ninguém lhe via na hora do cartão
Operário desaparece na paisagem petrificada
Na paisagem que ele mesmo gerou
Não vemos um palmo antes dos serviços
Tantos sumiços
Com estes olhos de ler código de barras
= = =
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