domingo, 2 de julho de 2017
Poemas sobre a classe operária: O Universitário e o Templo da Alimentação
O universitário e o templo da alimentação
Paulo Ayres
Caminhando contra o vento, sem lenço e sem Lencina
Na cidade do cachorrão em cada esquina
A comida típica é a esfirra sem carne
À toa, ao leu, de boa, no céu
Pequenos prazeres, grandes decepções
Grandes explorações em pequenas lojas
Caminhando pelo templo do deus Mercado,
Percebi que até ali há proletariado!
Ponto mineiro
Prato japonês
Pança de pequeno-burguês
Quarenta e três é a minha senha
Aos quarenta e cinco do segundo tempo, o sorvete acaba
Me dissolvo com os pequenos prazeres
Caminhando sem lenço e sem Lencina
Penso na sina da minha vidinha besta
Meu andar não é ligeiro,
Não estou com pressa agora
Já os operários do quarto andar
Estes tem muita pressa de ir embora
Em deixar o templo da perdição
O segurança lá embaixo
Nem sabe diferençar worker e serviçário
E quem sabe?
Esse cântico não está no repertório do culto
= = =
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