sexta-feira, 19 de julho de 2019

UJC e MUP no Congresso da UNE: na luta por uma educação popular



Secretaria Nacional de Juventude do PCB

O Governo Bolsonaro e seu Ministro da Educação Abraão Weintraub intensificam ataques e ameaças contra a educação pública, gratuita, de qualidade em nosso país. Mesmo após a PEC 55 aprovada pelo governo Temer, que limitou os investimentos em educação e saúde, o novo governo cortou verbas públicas da educação pública, não respeita a autonomia universitária, a democracia nas universidades, ameaça a gratuidade do ensino público, as liberdades democráticas, os direitos/as dos/as trabalhadores/as, a estabilidade do funcionalismo público e a livre organização dos estudantes.

Por outro lado, o movimento estudantil brasileiro vem reagindo e promovendo diversas lutas, conquistando apoiadores/as em todo Brasil. As gigantescas manifestações de maio (15 M e 30 M), a greve geral do dia 14 de junho e a grande manifestação em Brasília no dia 12 de julho demonstraram a disposição de luta, a capacidade de mobilização e a conscientização de que o caminho para derrotar Bolsonaro e seus aliados é a luta organizada dos estudantes em conjunto com a classe trabalhadora e os movimentos populares.

Neste contexto, foi realizado, entre os dias 10 e 14 de julho de 2019, o 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O congresso foi precedido de uma manifestação contra a aprovação da contrarreforma da previdência do Governo Bolsonaro, no dia 10 de julho, e sucedido por uma manifestação no Ministério da Educação contra o fim da gratuidade nas instituições públicas de ensino superior no dia 15 de julho. A abertura foi marcada por um ato político em que se sobressaíram as bandeiras comunistas do PCB, da UJC e do Movimento Por uma Universidade Popular (MUP).

A militância da Juventude Comunista e os/as integrantes do MUP se destacaram através da participação nos debates, intervenções culturais, nas discussões, nos atos políticos e nas plenárias do congresso. O MUP articulou as lutas imediatas do movimento estudantil com o projeto estratégico da educação popular, como mediação e uma das formas de luta para a superação da atual sociedade capitalista. Encampou bandeiras centrais como: a luta pelo fim do vestibular e acesso universal ao Ensino Superior, a defesa de verba pública somente para educação pública, a defesa dos estudantes de faculdades privadas pelo direito ao estudo e permanência e a centralidade dos projetos de extensão popular em conjunto com movimentos de trabalhadores.

A UJC esteve presente impulsionando o Movimento por uma Universidade Popular (MUP), que aglutinou mais de 400 lideranças estudantis, sendo 210 delegados/as representantes de mais de 200 mil estudantes na base, em universidades públicas e faculdades privadas de 23 estados do Brasil. Mais do que dobrou sua bancada em relação ao congresso anterior realizado em Belo Horizonte em 2017.

A atuação política e o crescimento da UJC contribuíram decisivamente para a construção de uma chapa unificada da oposição, sendo que a articulação da Juventude Comunista do PCB foi decisiva na construção da chapa unitária da OPOSIÇÃO. Superando dialeticamente as contradições e disputas internas que ameaçavam a unidade necessária para o enfrentamento ao campo majoritário. A chapa de oposição foi composta por diversos movimentos, coletivos, correntes e organizações políticas vinculadas as juventudes do PCB, PSOL, PCLCP e UP. E ainda recebeu o apoio das juventudes das correntes do MRT e do PSTU.

No dia 12 de julho, uma grande manifestação de estudantes e trabalhadores/as contra a reforma da previdência e os cortes na educação pública ocupou parte da Esplanada dos Ministérios em Brasília-DF. O bloco organizado pela UJC estava lindo e muito bem organizado, demonstrando a disciplina revolucionária e a disposição de luta da juventude comunista para o enfrentamento contra o Governo Bolsonaro. Representantes das centrais sindicais, docentes ligados ao ANDES-SN, lideranças sindicais e populares se somaram ao ato convocado pela UNE. O Secretário Geral do PCB, camarada Edmilson Costa fez uma ótima intervenção no ato em nome do PCB. Foi convocada pela plenária final do Congresso uma nova jornada de lutas dos estudantes que será realizada no dia 13 de agosto.

No próximo período a presença da UJC e das forças de esquerda na diretoria da UNE vai contribuir para reerguer a entidade histórica dos estudantes universitários brasileiros e impulsionar a luta dos estudantes em todas as universidades e faculdades do Brasil, em sintonia com as lutas da classe trabalhadora e dos movimentos populares para derrotar Bolsonaro/Mourão e seus aliados. A tendência é o crescimento quantitativo e qualitativo da atuação da UJC no conjunto do movimento estudantil brasileiro (universitário, secundarista, de área, dos pós-graduandos e dos estudantes das escolas técnicas) e em suas entidades (UNE, UEEs, DCEs, CAs, DAs, Grêmios, UMES, UBES, Executivas, Federações, APGs, ANPG).

Das praças, das lutas quem disse que sumiu, UJC está presente no Movimento Estudantil!
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