Paulo Ayres
Passam-se os anos, tudo está igual
Minha rua é melancólica e mágica
O mesmo jeito que é tão especial
Aquela rotina cômica e trágica
A mercearia fechou, o negócio vai mal
Houve guria com dengue hemorrágica
Há mato que hoje é residencial
Pedreiros ainda são presença básica
A betoneira é um som normal
Acordei agora, minha alma letárgica
Aos poucos volto a ser total
Essa rua tem tanta vida original
Só quem é daqui atiça a lembrança
Quando se é pequeno é algo natural
Esconde-esconde com várias crianças
Eu estava nas nuvens como o maioral
Meu ego desinflou nesta cobrança
Sentado, cabisbaixo e olhar abismal
Um operário triste descansa
Fui puxado pela força gravitacional
Ecoou na rua a falta de esperança
Assim é este lugar tão desigual
Muros e bets, vida feroz e mansa
= = =
[0] "A Rua dos Cataventos" é uma obra de Mário Quintana.
Só quem é daqui atiça a lembrança
Quando se é pequeno é algo natural
Esconde-esconde com várias crianças
Eu estava nas nuvens como o maioral
Meu ego desinflou nesta cobrança
Sentado, cabisbaixo e olhar abismal
Um operário triste descansa
Fui puxado pela força gravitacional
Ecoou na rua a falta de esperança
Assim é este lugar tão desigual
Muros e bets, vida feroz e mansa
= = =
[0] "A Rua dos Cataventos" é uma obra de Mário Quintana.
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