quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Poemas sobre a classe operária: Poema de Finados II


Poema de finados II
Paulo Ayres

O gênero humano não é só presente
Ele se estende entre o futuro e o passado
Tijolos imprescindíveis estão ausentes
Há muita vitalidade no dia de finados

Acenda uma vela para a gente falecida
Não apenas para o núcleo minúsculo
Leve flores, embelezam a morte em vida
Não murcham do alvorecer  ao crepúsculo

Guarde uma vela para o nosso calvário
Em especial, para a classe produtora
Modernidade, teu alicerce é o operário
Fósforos, melancias, mármores, vassouras

= = =
[0] "Poema de Finados I" (1930) é um poema de Manuel Bandeira.
= = =

Nenhum comentário:

Postar um comentário