Química II
Paulo Ayres
Chuva forte da nuvem eletrônica
Essa crônica de uma sorte viciada
Estamos desiguais na ligação iônica
A mais-valia grossa é destilada
Trabalhadores arrumam a calçada
Na rua ao lado, a valência no semáforo
Herdeiros púberes com a cara pintada
Dependentes dos pais, e estes dos operários
Novo horizonte, velhas famílias verticais
Sorriso feromônico da Nathalia
Se espalha sem hidrogênio
Periodicamente, vejo produtos químicos
E uma isomeria nos meios de produção
Maringá tem tanta beleza quanto cínicos
Os operários sem uma química reação
Calouros vem de longe para o núcleo
Dipolo nas universidades burguesas
Temos educação sexual e empresarial
O MUP ainda não tem aderência coesa
Novo horizonte, velhas famílias verticais
Sorriso feromônico da Nathalia
Se espalha sem hidrogênio
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[0] "Química I" é uma canção de Renato Russo.
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sábado, 3 de setembro de 2016
Poemas sobre a classe operária: Química II
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